Desalojados por vazamento de Nafta da empresa Terin pedem indenização


O Corpo de Bombeiros divulgou no final da tarde desta segunda-feira (17) mais um boletim sobre as providências que estão sendo tomadas no caso do vazamento de nafta no duto da Terin, mais de uma semana depois do acidente na região do Porto de Paranaguá.

Na tarde de domingo, foi realizado o Plano de Operação apresentado pela Terin para retirar todo combustível remanescente na tubulação, com o objetivo de diminuir os “níveis de explosividade nas medições aferidas na localidade”. 

Ainda segundo o relatório, o plano envolveu diversas agências, órgãos e empresas da região, contendo ações de emergência, isolamento de áreas, evacuação de pessoas em um raio de 300 metros em todas as direções do ponto crítico, monitoramento por sistema de câmeras, drone, entre outras.

Às 16h, foi iniciada a operação de pigagem, que tinha como previsão terminar por volta das 18h, contudo foram identificados alguns problemas durante a operação que culminou com o atraso do planejamento. Desta forma, só por volta das 20h foi possível autorizar o retorno das famílias para as residências, com exceção das 6 famílias evacuadas desde o dia 9.

A 1h30 minutos da madrugada de segunda, foi parada a operação, com retorno às 11h para finalização da pigagem por parte da empresa, que se encerrou por volta das 13h40. Pigagem é chamada a prática de utilização de dispositivos conhecidos como “pigs” para executar várias operações de limpeza e de manutenção em tubulações de processo. Esta operação também é efetuada com pigs de espuma no processo de limpeza de dutos.

Ainda permanecem equipes do Corpo de Bombeiros no local, acompanhando o monitoramento dos bueiros da região, pois indicam um certo nível de produto nas aferições. As operações marítimas prosseguem com o funcionamento normal, sendo que o acesso de veículos terrestres nos terminais da Cattalini e Transpetro, permanecem com acesso restrito e monitorado pela Guarda Portuária.

Durante toda a operação, cerca de 30 moradores foram levados para o salão social do Santuário do Rocio. Eles permaneceram das 14h às 20h no local. Havia idosos e crianças entre eles.

Mas as seis famílias localizadas mais próximas do local do vazamento e que foram removidas no domingo (9), ainda não puderam retornar às suas residências. 

Os moradores contrataram advogados para tentar ressarcimento pelas despesas que tiveram. Eles afirmam que estão em casa de parentes ou amigos e não receberam nenhuma ajuda da Terin. Leia nota do escritório de advocacia:


“Em nota oficial, e, a fim de dirimir qualquer dúvida acerca da condição em que as famílias que foram retiradas de suas casas na Rua Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá/PR – o escritório da Dra. Isabella Nacle – Consultoria Jurídica, declara que em decorrência do episódio de vazamento da substância química NAFTA, NENHUMA DAS FAMÍLIAS TEVE ATÉ AGORA QUALQUER ASSISTÊNCIA E/OU APOIO. 

 

As famílias que foram obrigadas a deixarem os seus lares às pressas, estão hospedadas em casas de parentes e amigos, por tempo indeterminado, enquanto esse escritório está em tratativas de composição amigável com a empresa de nome fantasia “TERIN”. 


Fonte:CorreiodoLitoral


Desde já fica esclarecido que esse escritório fala em nome de todos os moradores que sofrem com a interdição de suas casas e espera chegar a uma composição justa e adequada, sob pena de ir ao judiciário fazer valer a honra e justiça que cada membro familiar merece.”

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